Na busca de novas técnicas para
a prevenção da doença de Alzheimer, foi testada uma possível relação entre a
hiperfosforilação da proteína tau, a atuação
da apolipoproteína E4 e a deposição de placas de beta-amiloide, todas relacionadas
como prováveis causas da doença, com o estresse oxidativo. Dessa forma, alguns
estudos tentaram descobrir se é possível aumentar o grau de prevenção da doença
de Alzheimer com a ingestão de antioxidantes.
No momento ainda é desconhecida a relação entre esses
dois fatos, se ela existe de fato, ou qual então seria a causa e qual a
consequência. Isso se reflete no fato de que vários grupos que estudam o Alzheimer
discordam dessa relação, enquanto vários outros concordam. Da mesma forma, há
estudos que comprovam que uma ingestão maior de antioxidantes aumenta o grau de
prevenção do Alzheimer, há estudos que não colocam nenhuma relação entre ambos,
e há estudos em que os antioxidantes conseguiram combater outros tipos de
demências, mas não o Alzheimer especificamente.
A maior parte dos estudos com relação aos antioxidantes
faz testes com a vitamina C e a vitamina E. Ambos são antioxidantes naturais,
sendo o primeiro hidrossolúvel e o segundo lipossolúvel. São compostos que
necessitam de uma ingestão diária regular pequena, ambas com menos de 100mg.
A vitamina E, por ser lipossolúvel, se apresenta como o
maior antioxidante de membrana, impedindo a peroxidação lipídica (processo pelo
qual ácidos graxos poli-insaturados formam radicais livres) de avançar. Outros
estudos indicam que ela tem outros métodos de proteção da membrana celular do
neurônio, evitando o rápido avanço da doença causado pelas placas de
beta-amiloide. Entretanto, ao prevenir a peroxidação lipídica, a vitamina E dá
origem ao radical tocoferoxil. Neste ponto, ocorre a atuação da vitamina C, que
se oxida, reduzindo assim o tocoferoxil, e assim restituindo a estrutura da
vitamina E.
Os estudos apresentados com essas vitaminas, até os dias
atuais, mostram uma utilização de suplementos, os quais usam doses de 500mg-1000mg
dessas vitaminas. De fato, na maioria deles, houve um risco menor de se
contrair Alzheimer pelo usuário do suplemento, entretanto essas doses são
muitos maiores do que o recomendado diariamente para o ser humano, o que pode
interferir na homeostase celular (equilíbrio entre radicais livres e
antioxidantes), o que pode acarretar em diversas disfunções.
Recentemente, devido à descoberta de inflamações pré e
pós desenvolvimento da doença de Alzheimer, foi começado o teste de fármacos
anti-inflamatórios não esteroides para a prevenção da doença. Eles estão ligados,
principalmente, com a inibição da enzima COX.
A enzima COX, em sua conformação COX1 ou em sua
conformação COX2, tem função de metabolizar o ácido. Em situações normais, a
COX1 é mais normal em tecidos do que a COX2,a qual é relacionada com o Alzheimer
em concentrações mais altas. Os principais fármacos estão ligados a inibição da
COX2, dentre eles o paracetamol e o ibuprofeno (representados acima, a embalagem comercial à esquerda e a molécula do fármaco respectivo à direita) são os mais conhecidos.
Entretanto, não se sabe ao certo se a prevenção e o
tratamento do alzhemier feito com drogas anti-inflamatórias não esteroides tem,
realmente, relação com a inibição da COX. Não se sabe ao certo se é pela sua
cascata anti-inflamatória, se é pela inibição da COX2, ou se é por algum outro
tipo de fator.
Portanto, o consumo desses medicamentos deve ser
acompanhado de receita médica, uma vez que podem causar vários tipos de efeitos
colaterais, uma vez que a mesma droga,muitas vezes, consegue inibir tanto a
COX1 como a COX2, e elas estão presentes em grande parte dos tecidos do corpo.
Com isto, se encerram os tópicos de prevenção do Alzheimer.
Escrito por: José Alberto
Souza Abdon
Fontes de pesquisa:
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