Diagnóstico do Alzheimer por meio da observação de indicadores cerebrais no estágio inicial da doença.
Serão feitas correlações com a postagem realizada no dia 8 de maio de 2012: Inflamação cerebrovascular.
Nesta postagem será feita uma introdução por meio do esclarecimento de conceitos necessários à compreensão do estudo. Na próxima postagem, o estudo será desenvolvido e será mostrado um aspecto interessantíssimo relacionado à perspectiva do mesmo.
A doença de Alzheimer possui como principal impasse a dificuldade ao diagnosticá-la precocemente. É muito comum a identificação tardia da doença. O diagnóstico tardio geralmente é feito quando as placas de beta-amilóide mutadas, já estão consolidadas. Tal fato gera grande impasse para o tratamento da doença, pois tardiamente é difícil controlar o avanço do Alzheimer, afetando a aceitação familiar e principalmente a vida do paciente.
Estudos recentes tentam associar fatores que se tornam evidentes no início da doença. Com a presença de fatores logo no início da doença é possível diagnosticá-la precocemente e assim amenizar, de forma mais efetiva, os seus efeitos a longo prazo – quanto mais antecipadamente a doença é detectada, mais facilmente ela poderá ser controlada e menores serão as consequências geradas na vida do individuo afetado. A sua superação diante da doença torna-se um objetivo mais fácil de ser atingido.
O estudo analisado corresponde à identificação de fatores inflamatórios logo no inicio da doença. Tais fatores utilizam o conceito de MECA-32, barreira hematoencefálica, microglia e astrócitos.
MECA-32 corresponde a um conjunto de receptores endoteliais cerebrais que servem para realizar a aderência de linfócitos a células do endotélio cerebral. Pode ser visualizada em microscópio de fluorescência por meio da coloração artificial após criomicrotomia cerebral.
A barreira hematoencefálica corresponde a uma espécie de bloqueio no sistema nervoso central contra substâncias químicas circulantes. Logo, é responsável por promover um metabolismo cerebral adequado, evitando a presença de componentes capazes de alterar o meio reacional cerebral. Por esse motivo, as células que compõem a barreira hematoencefálica encontram-se ao redor dos capilares cerebrais, formando uma espécie de membrana capaz de barrar substâncias químicas circulantes. Tal barreira foi descoberta após se injetar um corante na circulação sanguínea, todos os tecidos foram corados menos os que compõem o sistema nervoso central – aí se evidencia a atuação da membrana bloqueando a passagem de tal corante.
A microglia possui função análoga à dos macrófagos, pois reconhecem antígenos e fagocitam tais estruturas. Logo a microglia corresponde a um conjunto de células promotoras da defesa do sistema nervoso central. Ela encontra-se inativada inicialmente e necessita de fatores de ativação.
Os astrócitos são células que promovem a sustentação dos neurônios, é responsável por nutri-los além de realizar o controle de neurotransmissores lançados a nível sináptico.
Na próxima postagem será concluído o desenvolvimento analítico do estudo realizado.
Postagem realizada por IAN TORRES DE LIMA
Fontes de Pesquisa:
Artigo "Early cerebrovascular inflammation in a transgenic mouse model of Alzheimer's disease" escrito por Dongzi Yu, Brian Corbett, Yaping Yan, Guang-Xian Zhang, Peter Reinhart, Seongeun J. Cho, Jeannie Chin
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