Introdução à Prevenção

Muitos estudos, hoje, estão voltados para métodos de prevenir a doença de Alzheimer, já que ainda não há uma cura. Entretanto, esses estudos também não chegam à conclusões fixas, devido ao fato de que as causas da doença ainda não foram inteiramente compreendidas. Muitos estudos, inclusive, apontam que não há exatamente como evitar contrair o Alzheimer, apenas como diminuir as probabilidades de contrair.

            Diversos estudos e fontes apontam que os métodos de prevenção são simples: exercício físico e mental diário combinado com uma boa dieta alimentar. Mas uma pergunta fica a partir dessa conclusão: O exercício realmente contribui para a prevenção?

            Não se sabe ao certo se o exercício realmente tem um papel preventivo. Vários estudos apontam sua eficácia em testes com animais, entretanto é incerta sua eficácia em humanos. Também não se tem confirmação em humanos sobe a eficácia da dieta, sobre a ingestão de Omega 3, carne de peixe, chá verde, e outros. E estudos como esse levam tempo para chegar a uma conclusão. O único fato no qual essa teoria se apoia é sobre as pessoas com esse tipo de dieta, as quais são poucas as que são acometidas pela doença.

            Outros estudos falam sobre o uso de remédios anti-inflamatórios não-esteroides para diminuir a probabilidade de formação da placa de amiloide (que será abordada em uma postagem futura). Entretanto, mais uma vez só haverá diminuição da probabilidade de contrair o Alzheimer. E, também, o teste destes medicamentos é apenas em animais, não tendo comprovação em casos clínicos. Alem destes, foram feitas experiências com dosagens de vitaminas C e E em um grupo de idosos, o qual apresentou taxa de incidência da doença. Isso abre caminho para um progresso no estudo do tratamento da doença, entretanto sabe-se que altas doses prolongadas dessas vitaminas podem ser maléficas.

            Esta foi uma introdução às práticas de prevenção do Alzheimer. Sua função foi demonstrar a incerteza que paira sobre os métodos de prevenção do Alzheimer, bem como várias outras características da doença, e também alertar para a dificuldade de conduzir um experimento para o teste de teorias preventivas. Na próxima postagem sobre prevenção, serão tratados os mitos e verdades sobre o exercício físico e mental para a prevenção da doença.

Escrito por: José Alberto Souza Abdon

Fontes de pesquisa:

http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=alzheimers-prevention-strategies http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302004000400001&script=sci_arttext