A Doença de Alzheimer se caracteriza pela destruição de neurônios, células cerebrais, e consequente encolhimento do córtex cerebral afetando áreas envolvidas no pensamento, planejamento e memória. O encolhimento do cérebro é pior no hipocampo, área responsável pela formação de novas memórias, e aumentam os ventrículos do cérebro, espaços cheios de um fluido chamado líquido cérebro-espinhal.
A doença pode ser dividido em três estágios: o mais inicial sem sintomas, que dura aproximadamente 20 anos após o diagnóstico feito com antecedência; o estágio moderado que dura de 2 a 10 anos; e o estágio grave que dura de 1 a 5 anos. No estágio inicial sem sintomas perceptíveis começa a formação de placas b-amilóides e emaranhados de proteína tau nas áreas relacionadas a aprendizagem e memória, pensamento e planejamento. Amilóide é o nome genérico que se dá para fragmentos da proteína precursora de amilóide (PPA). Esses fragmentos no corpo de uma pessoa saudável são eliminados, mas no corpo do doente eles causam placas duras que se alojam entre os neurônios. As proteínas tau são formadoras dos microtúbulos dos neurônios e no doente adotam uma conformação estranha e levam ao colapso da célula. No estágio moderado as placas e emaranhados se intensificam e espalham para áreas relacionadas a fala e entendimento do que outras pessoas dizem e compreensão de localização do seu corpo com relação aos objetos em volta. É nesse estágio que a maioria dos pacientes são diagnosticados e também apresentam dificuldade de lidar com dinheiro, de se expressar e organizar seus pensamentos. No estágio mais grave da doença o encolhimento do córtex é mais avançado e a pessoa tem dificuldade em reconhecer membros da família e de cuidar de si mesma.O padrão de distribuição e densidade dos depósitos amilóides são fatores significantes na diferenciação dos estágios da doença.
A Doença de Alzheimer possuiu dois tipos de sintomas: os cognitivos relacionados à memória, raciocínio e linguagem, e os sintomas relacionados ao comportamento. Ela faz a pessoa se comportar de maneiras imprevisíveis e completamente fora do normal. É comum uma mudança drástica e súbita de humor ou confusão mental, agressividade, sonolência, agitação, alucinações, além da comum perda de memória e intelecto.
A mudança de comportamento se dá pela deterioração dos neurônios mas também é impulsionada por fatores externos que influenciem no conforto e bem estar do doente. Outras condições médicas perfeitamente tratáveis também causam a mudança de comportamento como infecção de ouvido, sinusite, problemas urinários e respiratórios e problemas auditivos não tratados. Quanto mais medicamentos o doente estiver tomando, maior a chance de ter as mudanças de humor devido aos efeitos colaterais causados pela interação entre os medicamentos.
Escrito por: Patrícia Monteiro
Fontes de Pesquisa
http://www.springerlink.com/content/mm41klt118937548/
http://www.alz.org/living_with_alzheimers_behaviors.asp
http://www.alz.org/research/science/alzheimers_brain_tour.asp
http://www.ahaf.org/alzheimers/about/understanding/plaques-and-tangles.html
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