Bioquímica do Alzheimer

“Como é terrível o dom do conhecimento, quando não serve a quem o tem!”

terça-feira, 1 de maio de 2012


Introdução ao Diagnóstico

O Alzheimer pode ser diagnosticado erroneamente, por ser confundido com outras doenças que possuem como consequência principal a demência cerebral. Um exemplo é a demência lobo frontal que, dependendo de sua expressão no indivíduo, pode possuir alguns aspectos semelhantes à doença de Alzheimer. O diagnóstico da doença é bastante complexo, se feito com cuidado e seguindo parâmetros de avaliação pré-determinados e já testados em vários pacientes, o nível de incerteza que permeia o diagnóstico pode ser diminuído em uma escala significativa – o diagnóstico pode possuir 90% de garantia se feito devidamente.
A doença de Alzheimer, por possuir grande nível de incerteza ao redor de seu diagnóstico, estimula diversas linhas de pesquisa a fim de gerar uma maior facilidade e viabilidade no processo de identificação da doença. Um exemplo de linhas de pesquisa envolvendo a doença é a tentativa de conexão entre o estado do individuo e o aspecto de seu líquido cefalorraquidiano – estudiosos tentam averiguar se existe algum composto incomum no liquido cefalorraquidiano de pessoas com Alzheimer em comparação ao líquido retirado de pessoas saudáveis, tal estudo já se encontra presente em diversos diagnósticos hospitalares, e será melhor abordado em outro post.  
A única forma de se diagnosticar com 100% de certeza a presença da doença é por meio da realização de uma biopsia cerebral que trás grande risco ao paciente, logo tal método é pouco difundido e geralmente realizado após a morte do indivíduo (através da necropsia).
                                 
Uma bateria de estudos foi realizada por diversos cientistas envolvendo maneiras simplificadas para se diagnosticar a doença. Existem vários métodos que auxiliam o processo do diagnóstico: questionários, a fim de revelar a saúde mental da pessoa; tomografias, que expressam o estado bioquímico cerebral a nível macroscópico e comparações, envolvendo uma população controle – tal população envolve indivíduos saudáveis e indivíduos portadores da doença.
O comportamento do paciente ao longo do tempo é fundamental para que haja maior precisão ao se identificar a doença. Depressão, dificuldade ao se expressar, queixas de problemas relacionados à memória, dificuldade em aprender coisas novas, entre outros aspectos que serão abordados em outras publicações, são fundamentais para que sejam observados e levados em consideração na hora do diagnóstico.

Esta foi uma introdução ao diagnóstico da doença. Seu objetivo foi alertar para a dificuldade na identificação e a confusão que pode ser gerada em relação a outras demências cerebrais. Pelo fato da dificuldade em se diagnosticar, diversos estudos são continuamente realizados a fim de se gerar uma maior precisão e facilidade no processo. No próximo post relacionado ao diagnóstico, serão abordados, de forma mais aprofundada, os motivos da confusão gerada em relação a outras demências, e métodos para eliminação de equívocos.

POST ESCRITO POR : IAN TORRES DE LIMA 


Fontes de Pesquisa

http://www.scielo.br/pdf/%0D/anp/v63n3a/a34v633a.pdf - Artigo escrito por Ricardo Nitrini, Paulo Caramelli, Cássio Machado de Campos Bottino, Benito Pereira Damasceno, Sonia Maria Dozzi Brucki, Renato Anghinah, o qual retrata o processo de Diagnóstico de uma forma diferenciada no Brasil, envolvendo níveis sociais e escolares distintos.

http://www.scielo.br/pdf/prc/v14n2/7858.pdf - Artigo escrito por Ricardo F. Allegri
Paula Harris, Cecília Serrano, Nélson Delavald, o qual envolve uma linha de pesquisa referente a diferenças entre a Demência Lobo Frontal e a Doença de Alzheimer.

http://www.leonardolustgarten.com/category/stereotaxia/ - Demonstração de biopsia pouco invasiva denominada stereotaxia cerebral. Imagem 1.

A segunda imagem corresponde a anamnese, foi retirada do site Coat Total.

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